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Corre brisa fresca no amâgo da vida recuando o calor infernal que incendeia a existência soa buzina de um carro a engarrafar o destino congestinado de desejos rompe fumaça devastadora de uma fabrica que polui e mata todos em tom de progresso grita um desempregado no meio da multidão mecanica num ato de desespero - ninguém o ouve - é a vida? Um ranger brusco de uma frenagem ecoa e a espantaa plebe mecanizada - para - é a vida? Cotidiano continua nos esmagando aos poucos e nós nem percebemos, e continuamos em frente..